A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí, por meio da Comissão da Verdade da Escravidão Negra do Piauí, da Comissão de Direitos Difusos e Coletivos, da Comissão de Diversidade Sexual, da Comissão de Apoio à Vítima de Violência, da Comissão de Direitos Humanos, da Escola Superior de Advocacia – ESA, da Secretaria Geral Adjunta e da Corregedoria da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí, lamenta profundamente o brutal assassinato da Vereadora do Município do Rio de Janeiro Marielle Franco do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes, trabalhador que morreu no exercício de seu ofício, assim como manifesta toda solidariedade com a população do Rio de Janeiro, com os familiares, amigos e amigas das vítimas dessa tragédia.
Num país em que perdura uma subrepresentatividade política das mulheres, das pessoas negras, dos trabalhadores e trabalhadoras, o silenciamento pelo meio mais cruel de uma voz como a de Marielle, mulher negra, moradora da favela da Maré, mãe, socióloga, defensora dos Direitos Humanos corresponde a um atentado à Democracia e a cada um e cada uma que padecem pela violência racista, machista e que acreditam numa possibilidade de vida mais digna, justa e livre.
Marielle Franco vinha exercendo forte ação política na defesa dos Direitos Humanos, figurando como Presidente da Comissão da Mulher da Câmara dos Vereadores do Município do Rio de Janeiro. Outrossim, havia recentemente assumido naquela Casa Legislativa a relatoria da Comissão que acompanhava a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, sendo voz ativa e contrária às medidas do Governo Temer.
Importante lembrar que as vozes que Marielle representava vêm sofrendo historicamente com um projeto de Estado fincado nos alicerces do regime de escravidão que passados 4 séculos ainda extermina as vidas negras, seja diretamente por meio da violência policial, seja de forma indireta por meio da negação de direitos básicos e/ou o descaso governamental.
A lesividade da retirada prematura da vida de Marielle prova que é preciso que muitas vozes se ergam contra esse projeto nefasto, discutindo ampla e abertamente as marcas que a escravidão e o racismo registraram em nossa sociedade. Somente um projeto sério que tenha como foco a reparação histórica dos crimes da escravidão e que de fato mexa com as estruturas, tal qual ela propunha na última reunião que participou, nos conduzirá a uma sociedade verdadeiramente democrática.
Em tempos de retrocessos e de aprofundamento da crise política, Marielle Franco deixa uma filha e a certeza de que somente a unidade na luta será suficientemente capaz de combater o genocídio da população negra e a violência contra as mulheres no Brasil.
Marielle Franco, Presente!
#MarielleFrancoPresente
Maria Sueli Rodrigues de Sousa
Comissão da Verdade da Escravidão Negra do Piauí
Geysa Victória Costa Silva
Comissão de Direitos Difusos e Coletivos
Ana Caroline Magalhães Fortes
Comissão de Diversidade Sexual
Alba Valéria Vilanova Oliveira
Comissão de Apoio à Vítima de Violência
Marcelo dos Anjos Mascarenhas
Comissão de Direitos Humanos
Naiara de Morais e Silva
Escola Superior de Advocacia – ESA
Élida Fabrícia Oliveira Machado Franklin
Secretaria Geral Adjunta e Corregedoria da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí
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