A Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor (CDDC) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, encaminhou ofício ao Instituto de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa) e à Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete) solicitando informações sobre as razões que embasaram o reajuste da tarifa de abastecimento de água na capital e interior do Estado.
Em Teresina o reajuste foi de 2,96% e entrou em vigor no dia 1º de julho. Nos demais municípios o aumento foi ainda maior, de 4,57% e vigerá a partir de 1º de agosto deste ano. A OAB requereu, portanto, informações quanto ao cumprimento por parte da Agespisa das metas estabelecidas para a ampliação da rede de fornecimento de água e esgoto e da melhoria dos serviços prestados.
“Teresina apresenta situações que colocam, inclusive, em dúvida a qualidade da água que está sendo distribuída, além de bairros que não recebem o abastecimento de água regular, como o Jacinta Andrade e o Eduardo Costa”, disse Michel Saldanha, presidente da CDDC.
Para o advogado, a Agespisa precisa explicar o aumento e apresentar um plano de melhoria da qualidade da água e do serviço oferecido em todo o estado. “Temos dados que revelam que as metas de cobertura da Agespisa não estão sendo atingidas e registros de que no interior água barrenta e imprópria para consumo humano é fornecida à população. Esse aumento é inadmissível numa situação caótica como essa, em que a qualidade e a cobertura do serviço deixam a desejar”, asseverou Michel Saldanha.
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